A
Cruz Ansata é conhecida como: Cruz de Laço, Cruz Egípcia, Cruz Ankh e Cruz
Cóptica. Simboliza o amor, a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual
e o renascimento.
A
letra“ankh” era o “T” egípcio antigo
(uma cruz com a parte superior em forma de laço) e simbolizava a essência da
vida e as energias criativas do masculino e feminino. Um símbolo da união entre
o círculo e a cruz, entre D’us e o homem. Em muitas pinturas egípcias, o deus
RÁ (o sol) está, com seus braços, colocando-a no nariz das pessoas, o sopro da
vida (uma idéia semelhante à criação de Adão, na Cosmogonia Cristã).
Para os
egípcios, era a cruz da vida no Universo, como símbolo da imortalidade,
colocavam-na sobre o peito dos cadáveres. Traria a prosperidade e a lucidez
necessária para tomar decisões acertadas diante dos desafios do dia a dia.
Representava ainda o Laço da Sandália do peregrino, do buscador, daquele que
quer evoluir, aprender, crescer. Uma cruz sobre a qual se deve sacrificar todas
as paixões humanas.
Foi,
junto com o disco solar, o símbolo da breve experiência monoteísta (culto a
Aton ignorando os outros 45 deuses) do Egito antigo, no reinado do faraó
Akenaton (1.367-1.350 a .C.),
o pai de Tutankhamon. A Cruz Ansata é um dos hieróglifos egípcios e pode ser
facilmente encontrada em toda a literatura que mostra a pictografia egípcia e
nos ombros das imagens da Ilha de Páscoa.
A
idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da
matéria inerte. Todo Faraó ao morrer levava a Cruz junto às narinas para
adquirir imortalidade. Como se fosse uma chave, o que nos remete ao seu
significado como "a chave dos portões que separam a vida e a morte",
já que estes desenhos eram muito comuns em pirâmides mortuárias dos Faraós.
Existe
também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o
círculo representa sua cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto
do corpo. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente o ciclo vital da natureza.
Há
muitas especulações para o surgimento e para o significado da Cruz Ansata, mas
ao que tudo indica, surgiu na Quinta Dinastia. Quanto ao seu significado, há
várias teorias. Muitas pessoas vêem a Cruz Ansata como símbolo da vida e
fertilidade, representando o útero.
A
Cruz Ansata também é conhecido como a Chave de Nilo, representando a união de
Ísis e Osíris, que originava as cheias periódicas do Nilo, fundamentais para a
sobrevivência do povo egípcio.
A
forma do Cruz Ansata assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical
substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui
suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.
A
alça oval que compõe a Cruz Ansata sugere um cordão entrelaçado com as duas
pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais
para a criação da vida. O ciclo previsível e inalterável das águas era
atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da
crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço é o
ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.
Apesar
de sua origem egípcia, ao longo da história a Cruz Ansata foi adotada por
diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do
povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos
como Cristãos Cópticos, e a Cruz Ansata (por sua semelhança com a cruz
utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos,
chamado de Cruz Cóptica.
No
final do século XIX, a Cruz Ansata foi agregada pelos movimentos ocultistas que
se propagavam, além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da
década de 60.
A
Cruz Ansata também foi incluída na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando
a união entre o reino do céu e a terra. Em
outras situações, está associada aos vampiros, em mais uma atribuição à
longevidade e imortalidade.
A
Cruz Ansata se popularizou no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas
e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo dessa
sociedade possuía uma Cruz Ansata adaptada com dois degraus na haste inferior,
simbolizando os degraus da iniciação, dando forma de uma chave, a chave de
todas as portas. A chave da Sociedade Alternativa. A chave da Vida.
Na
cultura pop, ela foi associada pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura
gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983). Mais tarde a
personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop
relacionando a Cruz Ansata e a subcultura gótica.
Desse
modo, vemos que a Cruz Ansata não sofreu grandes variações em seu significado e
emprego primitivo, embora tenha sido associada a várias culturas diferentes.
Mesmo assim lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que
desconhecem sua origem e significados reais, associando este símbolo,
erroneamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.
A Cruz Ansata é utilizada por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega.
Consagrando a Cruz Ansata
Faça
a consagração da Cruz Ansata, que é um poderoso protetor contra as formas
baixas do Astral.
Na segunda feira ao nascer do Sol e
olhando para o nascente faça a seguinte invocação; a Cruz deve estar sobre o Altar
ou algo que o represente:
IAO, IAO, IAO. espírito Infinito
criador de tudo quanto existe, e Tu ISIS Misericordiosa protetora deste
Universo, atende aos pedidos de teus filhos, derrama Tua benção sobre esta
ANKH, Cruz poderosa, signo de vida e que me proteja sempre me livrando dos
perigos e armadilhas dos meus inimigos, tanto encarnados como desencarnados.
Que esta Cruz seja meu escudo protetor, conservando-me a salvo a todas as horas
da noite ou do dia; que seja uma barreira intransponível contra todos os
espíritos do mal.E Tu, mãe Universal, protege-me e faça-se a minha vontade.
Amém.
Defume a Cruz com incenso e pétalas
secas de rosas brancas.
(extraído do livro "O Reino
das Salamandras" de Vasariah - Vasariah Serviços Editoriais)
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